terça-feira, 18 de novembro de 2008

Parabéns Cindy Blackman

Apesar de não parecer, já foi há quarenta e nove anos que nasceu uma das melhores melhores bateristas do mundo. Posso desde já dizer que estive há menos de um mês num workshop dela (aqui ao lado, no SeixalJazz) e passei a admirá-la bastante não só pela forma de tocar, mas também pela forma simpática e modesta de estar. É de facto uma personalidade marcante para quem tem oportunidade de a conhecer e que aparenta tudo menos a idade que tem. Para quem não a conhece tem aqui a oporutnidade de descobrir mais sobre esta senhora.

Os estilos de Cindy são o jazz e rock, ela tornou-se mais conhecida do público por ter gravado e actuado com Lenny Kravitz. Para além destes grandes nomes já actuou com artistas conceituados como Pharoah Sanders, Ron Carter, Sam Rivers, Cassandra Wilson, Angela Bofill, Buckethead, Bill Laswell e Joe Henderson. Neste momento dá nome a um quarteto composto por si e pelos músicos J.D. Allen (saxofone tenor), Carlton Holmes (piano), George Mitchell (contrabaixo).

Cindy Blackman nasceu em Yellow Springs, Ohio, nos EUA, no dia 18 de Novembro de 1959 (a confirmação que é de facto hoje que completa 49 anos). O seu tio era vibrafonista de jazz, mas foi com a sua avó, professora de piano, que aprendeu as primeiras lições de bateria. Estuda mais tarde, entre 1978 e 1980, no Berklee College of Music, em Boston e tem também aulas com o lendário Allan Dawson. Em 1998 Cindy grava o seu primeiro vídeo, onde ensinava como tocar bateria, chamado Multiplicity.

Na bateria, é uma força da natureza, mas sempre consciente do seu papel de acompanhadora e solista. Particularmente imaginativa, reforça constantemente os solos dos restantes músicos com quem toca. Os seus grandes mestres são os bateristas Art Blakey e Tony Williams. Este último, afirmava que “Cindy Blackman consegue tocar forte, com suavidade, sempre atenta ao que os outros músicos tocam para poder reagir de uma forma quase agressiva”. "Alguns bateristas agem, outros reagem. Alguns mantêm o tempo, outros criam-no. Cindy Blackman é uma das poucas que o consegue fazer..." diz Mike Zwerin. Cindy toca de forma apaixonada, trabalhando cada compasso como se fosse uma melodia completa.
James Brown, após ouvi-la pela primeira vez, autografou um dos seus pratos da bateria, escrevendo: “Para o rei fêmea, que é demasiadamente forte e decidido para ser rainha”.

Segundo palavras da própria Cindy "A vida da música é maior que a de todos nós". Fica então aqui assinalado o seu aniversário, que continue durante muitos mais anos na boa forma que apresenta e a brindar-nos com a sua música.

2 comentários:

Mário Barradas disse...

Dava tudo a esta senhora, menos a idade que ela tem! Quarenta e nove? Tens a certeza? Ou essa é a idade da mãe dela? Looool
Mas ao menos, a sua juventude a tocar permanece, e já agora que permaneça por mais 49 anos, no mínimo!

Anónimo disse...

Wazaa!
Nós tivemos a um palmo e a um beijinho, não fosse a vergonha e o mau inglês... :P
Muito simpática, divertida e boa "drummer" lol
Se fosse hoje, íamos outra vez, e dir-lhe-íamos Congratulations and be happy. Mas como não é e não podemos ir... Fica em pensamento! Será que ela ainda se lembra de nós? Se calhar lembra-se mais do homem chato lool

Bju**