segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Objectivos do Milénio, "ContrastESS"

Andei algum tempo a pensar se este blog era o indicado para publicar notícias sobre os ODM (objectivos do milénio) e/ou o OCC (que vou passar a explicar o que é a seguir). Depois de tantas dúvidas cheguei à conclusão que não podia haver blog melhor para falar disto. Afinal, o que a nossa equipa quer alertar é para a diferença de culturas. Apesar de o tema ser bem diferente daquilo que tem vindo a ser publicado neste blog, definitivamente, não deixa de fazer parte da cultura.

Tudo começou a semana passada. Eu e mais 4 colegas de curso decidimos participar no OCC (ODM Campus Challenge). Um concurso que desafia estudantes universitários a cumprir 59 desafios, oferecendo uma pontuação específica pelo cumprimento de cada um deles. As 4 colegas que formaram equipa comigo foram: a Diana Lança, a Marta Lopes, a Ângela Baptista e a Patrícia Carreto.
Depois de alguma falta de imaginação para escolher o nome da equipa surgiu a palavra "contrastes", visto que os ODM são uma forma de acabar com os contrastes mundiais que existem. Sendo todos da mesma escola, arranjámos forma de associar a palavra "contrastes" à sigla da nossa escola (ESS - Escola Superior de Saúde), acabando a equipa por se chamar "contrastESS"!
A inscrição está feita e alguns desafios já começaram a ser cumpridos, mas temos muito trabalho pela frente e contamos com a ajuda de todos, principalmente alunos da ESS!
Peço-vos: ajudem-nos a eliminar os contrastESS mundiais, ajudem-nos a cumprir os ODM!
Mas o que são afinal os ODM?
1. Reduzir para metade a pobreza e a fome extrema
2. Alcançar o ensino primário universal
3. Promover a igualdade de género e empoderar as mulheres
4. Reduzir em dois terços a mortalidade infantil
5. Reduzir em 75% a mortalidade materna
6. Combater o VIH/SIDA, a malária e outras doenças graves
7. Garantir a sustentabilidade ambiental
8. Fortalecer uma parceria global para o desenvolvimento
Desde 2000 que as Nações Unidas definiram estes objectivos. 11 anos já passaram e quase nada foi feito. Temos até 2015!
Visitem http://www.objectivo2015.org/inicio/, http://www.odmcampuschallenge.org.pt/ e http://www.agenciaodm.org/!

Terão mais notícias sobre os ODM e a equipa contrastESS!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dave Holland regressa ao Seixal


No dia a seguir ao concerto de Júlio Resende 3 (dia 28), fui ao auditório municipal do Seixal assistir ao concerto Dave Holland Quintet. Um concerto que me encheu as medidas e conseguiu superar as expectativas, que já eram altas.

Dave Holland é um contrabaixista que no mundo do Jazz dispensa qualquer tipo de apresentações. Nascido a 1 de Outubro de 1946, já gravou dezenas de trabalhos discográficos tanto como líder, como apenas a acompanhar músicos de algo gabarito (Miles Davis, Chick Corea, Joe Henderson, Herbie Hancock, etc...). Director de orquestra, compositor, arranjador, líder do seu octeto e quinteto, este homem é considerado pela crítica um mestre do jazz e a sua mestria foi demonstrada no seu concerto.

Foi em 1997 que formou o quinteto com outros grandes nomes do Jazz. Chris Potter no saxofone tenor e soprano, Robin Eubanks no trombone, Steve Nelson no vibrafone e marimba, e Nate Smith na bateria, ajudaram a compor a festa com os seus improvisos energéticos, carregados de técnica instrumental e criatividade.

De facto, aos 64 anos, já com as suas barbas e cabelos brancos, Dave Holland e o seu quinteto parecem atravessar uma das melhores formas da sua vida, conseguindo sempre deixar uma marca de qualidade sempre que visitam o Seixal. Se como compositor não há nada a apontar a este senhor, como contrabaixista, ficou provado que é o mestre da improvisação quer em solos mais rápidos ou mais melancólicos. Como acompanhador consegue preencher a música, tanto a nível rítmico como harmónico, de uma forma absolutamente extraordinária, mantendo sempre uma postura muito séria (quase estática) até explodir nos solos.
Palavras para quê? Um concerto para mais tarde recordar como um dos melhores momentos de jazz já assistidos. Fiquem com a sua reportagem e por favor, se gostam de jazz, quando este senhor voltar a tocar em Portugal , não deixem de o ir ver.


Júlio Resende 3 no Seixal

Voltaram as notícias do SeixalJazz (enquanto não terminar vai ser o tema central deste blog). É verdade, esta tem sido uma semana cheia de Jazz, e óptimo Jazz, diga-se de partida.

Dia 27 foi dia de Júlio Resende 3 vir aos refeitórios da Mundet, e como não podia deixar de ser, eu estava lá para assistir.

Nascido em Faro, Júlio Resende começou a tocar piano aos 4 anos de idade e dedicou-se ao Jazz por dizer que era difícil tocar música clássica sem dar asas à improvisação. Já com dois CD's gravados enquanto líder do seu 4teto, "Da Alma" (2007) e "Assim Falava Jazzatustra" (2009), o pianista forma agora um trio com o mesmo baterista e contrabaixista, mas sem saxofone, para gravar um novo CD, que deverá estar pronto em 2011. Este pianista, com estes trabalhos, tem-se vindo a destacar como um dos mais interessantes músicos de jazz nacionais surgidos nos últimos anos (quem o diz é António Branco, na revista Jazz.pt).

No meio de vários originais e algumas adaptações de músicas de outras bandas (como por exemplo, "Radiohead"), Júlio Resende, Ole Morten Vagan (contrabaixo) e Joel Silva (bateria) encheram os refeitórios da Mundet de boa música e deliciaram todo o público (ou pelo menos a mim). Com músicas ritmadas, outras mais introspectivas e uma grande percepção do que cada um pretendia fazer, o trio apresentou um jazz de forte pendor lírico, mas muito actual. Depois de apresentadas várias músicas do CD que ainda está para ser gravado, Júlio Resende, no fim, ainda teve tempo para nos surpreender com o tema que deu nome ao seu primeiro trabalho discográfico em nome próprio ("Da alma"). Sempre debruçado sobre o piano, quase parecendo o pianista sem cabeça, este músico encheu assim a alma de toda a gente antes de se despedir do Seixal.

Fiquem com a reportagem feita do concerto.