sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Dave Holland regressa ao Seixal


No dia a seguir ao concerto de Júlio Resende 3 (dia 28), fui ao auditório municipal do Seixal assistir ao concerto Dave Holland Quintet. Um concerto que me encheu as medidas e conseguiu superar as expectativas, que já eram altas.

Dave Holland é um contrabaixista que no mundo do Jazz dispensa qualquer tipo de apresentações. Nascido a 1 de Outubro de 1946, já gravou dezenas de trabalhos discográficos tanto como líder, como apenas a acompanhar músicos de algo gabarito (Miles Davis, Chick Corea, Joe Henderson, Herbie Hancock, etc...). Director de orquestra, compositor, arranjador, líder do seu octeto e quinteto, este homem é considerado pela crítica um mestre do jazz e a sua mestria foi demonstrada no seu concerto.

Foi em 1997 que formou o quinteto com outros grandes nomes do Jazz. Chris Potter no saxofone tenor e soprano, Robin Eubanks no trombone, Steve Nelson no vibrafone e marimba, e Nate Smith na bateria, ajudaram a compor a festa com os seus improvisos energéticos, carregados de técnica instrumental e criatividade.

De facto, aos 64 anos, já com as suas barbas e cabelos brancos, Dave Holland e o seu quinteto parecem atravessar uma das melhores formas da sua vida, conseguindo sempre deixar uma marca de qualidade sempre que visitam o Seixal. Se como compositor não há nada a apontar a este senhor, como contrabaixista, ficou provado que é o mestre da improvisação quer em solos mais rápidos ou mais melancólicos. Como acompanhador consegue preencher a música, tanto a nível rítmico como harmónico, de uma forma absolutamente extraordinária, mantendo sempre uma postura muito séria (quase estática) até explodir nos solos.
Palavras para quê? Um concerto para mais tarde recordar como um dos melhores momentos de jazz já assistidos. Fiquem com a sua reportagem e por favor, se gostam de jazz, quando este senhor voltar a tocar em Portugal , não deixem de o ir ver.


1 comentário:

Anónimo disse...

What a show!!!
Dos melhores concertos de sempre, com as melhores companhias de sempre :) melhor que isto? não há... esquecemos qualquer problema, qualquer teste, qualquer coisa, em prol de "entrar" assim na música e deixá-la fluir por nós, naquele tom tão enebriante como o da jazz.

Ah! Inda bem que estás de volta :D

Beijo
Catarina