domingo, 14 de dezembro de 2008

Marta Hugon, Story Teller


Acabaram ontem os concertos de Marta Hugon no ano de 2008. Uma voz apaixonante que vem surgindo no jazz português. Depois de ter passado no Seixaljazz para apresentar este novo CD Story Teller, ela actuou ontem, 5ª e 6ª-feira no hot clube, sítio onde ela cresceu como música. Acompanhada sempre pela sua banda composta por 3 grandes músicos: Bernardo Moreira no contrabaixo, Filipe Melo no piano e André Sousa Machado na bateria.

Nascida em Lisboa, Marta Hugon começou por cantar repertório clássico na adolescência. Começou a desenvolver uma paixão pelo jazz que a conduziu à escola do Hot Clube de Portugal, já depois de ter tido aulas no conservatório de Amesterdão onde teve aulas com Norma Winstone. É no Hot Clube que forma a sua banda, com os músicos já referenciados. Em 2005 lança Tender Trap, que tem uma grande recepção por parte do público e da crítica. Passado 3 anos, lança então, a 7 de Abril de 2008, Story Teller, o seu segundo trabalho discográfico.

Com uma biografia ainda pequena, mas com trabalhos cheios de qualidade, este nome ainda dará muito que falar. Ficam alguns excertos de declarações sobre este disco e o single.

“… este novo disco de Marta Hugon é maravilhoso (…) Mais ainda: é uma escolha invulgar de canções, todas elas inspiradas e muito bem orquestradas por Filipe Melo. Para tudo isto, muito contribuem a clareza das palavras a que Marta Hugon, com extrema intensidade, deu vida, e as interpretações musicais onde se sente - à distância – o enorme prazer de cantar e tocar em grupo (…) E é a fazer música assim que se cantam histórias.” Bernardo Sassetti, 2008

“…No plano puramente musical, é preciso dizer-se que Marta Hugon, apesar da sua voz jovem, nos soa hoje com uma assinalável maturidade, dominando e graduando com inteiro à-vontade os vários mecanismos vocais em função das peças cantadas, assim lhes conferindo uma forte personalidade. Depois, sente-se que a própria escolha das tonalidades de cada peça foi cuidada caso a caso, ao ponto de valorizar a capacidade de afinação, a clareza da dicção e da articulação e os cambiantes tímbricos da sua voz, assim melhor sublinhando a expressividade de cada interpretação. Finalmente, a prudente recusa por parte de Marta Hugon de certos tiques do jazz cantado – como a exteriorização forçada da emoção, os malabarismos na utilização do scat ou a sobreexcitação vocal-, aqui substituídos pela justa medida com que alguns destes elementos são usados pela cantora, transmitem credibilidade a um álbum que naturalmente passará a impor-se no panorama actual do jazz cantado português…”Manuel Jorge Veloso, 2008

"Uma Belíssima voz e três excelentes músicos, com um repertório que não pretende ficar refém dos clássicos- mas sem os querer evitar- com arranjos inspirados e muito bem tocados, criam imediatamente uma relação cúmplice com o ouvinte. Partilham a música entre eles e partilham-na connosco." Mário Laginha, 2008


Não deixem de visitar http://www.martahugon.com/.

1 comentário:

Joanne Marrie disse...

sem duvida adoro +.+!

a letra, a interpretação.. está excelente
Continua Padrinho *